Consulta pública aprova implantação de colégios cívico-militares em Rio Negro

Os colégios Caetano Munhoz da Rocha e Ovande do Amaral iniciam o novo modelo a partir de fevereiro de 2021.

 

Os colégios Caetano Munhoz da Rocha e Ovande do Amaral, em Rio Negro, vão implementar a partir de fevereiro de 2021, o modelo cívico-militar em suas unidades.

 

O resultado da consulta pública realizada nas escolas foi apresentado pela Secretaria da Educação e do Esporte do Paraná nesta terça-feira (3). Em todo o Paraná, das 216 instituições escolhidas, 197 já encerraram o processo e 176 aprovaram a mudança. Outras 21 optaram pela manutenção do modelo tradicional.

 

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O processo de consulta pública começou no dia 27 de outubro, e foi prorrogado durante o final de semana, conforme a lei que regulamenta os colégios cívico-militares.

 

O Colégio Estadual Caetano Munhoz da Rocha contou com a participação de 219 votantes, dos quais 215 foram favoráveis à medida e 4 foram contra.

 

Já o Colégio Estadual Ovande do Amaral teve 295 votantes, com 253 votos favoráveis e 42 contra.

 

Participaram da consulta pais e responsáveis, professores, funcionários da escola e estudantes a partir de 18 anos.

 

Aprovação

Para que a implementação fosse efetivada, era preciso que mais de 50% das pessoas aptas a votar participassem da consulta e que a maioria simples dos votantes (50% e mais um voto) fosse favorável ao programa — o maior do país na área, com investimento de R$ 80 milhões, direcionado a cerca de 129 mil alunos.

 

As escolas contarão com aulas adicionais de Português, Matemática e Civismo, possibilitando aos estudantes o aprofundamento no estudo sobre leis, Constituição Federal, papel dos três poderes, ética, respeito e cidadania. No Ensino Médio, haverá, ainda, a adição da disciplina de Educação Financeira.

 

Além de questões curriculares, outra mudança trazida pela nova modalidade de ensino — que será aplicada em escolas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio — é a gestão compartilhada entre civis e militares.

 

O diretor-geral e o diretor auxiliar permanecem sendo civis e as aulas continuam sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto o diretor cívico-militar será responsável pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares. Haverá, também, de dois a quatro monitores militares, conforme o tamanho da escola.

 

Credenciamento

O processo de inscrição para diretor-geral dos colégios cívico-militares, destinado aos profissionais da Educação, já está aberto. Consulte o edital, clicando aqui.