Em 20 meses, Hospital Bom Jesus manteve zerado registro de infecção hospitalar

Educação permanente é aliada na segurança de pacientes e na redução de infecções hospitalares.

Foto: Robson Komochena

 

 

Restituída em setembro de 2021 a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), do Hospital Bom Jesus, formada por médico, enfermeiros, farmacêutico e responsável pelo serviço de higienização, completa 20 meses sem nenhum registro de infecções hospitalares, em Rio Negro.

 

Segundo coordenador de enfermagem do HBJ, enfermeiro Diego Rafael Jurkewicz, o objetivo da comissão é a segurança de todos os pacientes internados. “O serviço de CCIH promove medidas no cuidado ao paciente evitando a disseminação de microrganismo durante o período de internação, além de realizar busca ativas para pacientes pós-operatórios realizados na instituição”, explica.

 

Vale destacar que medidas consideradas simples como a lavagem das mãos e a identificação e isolamento de pessoas possivelmente colonizada com algum microrganismo são fatores que contribuem para este resultado alcançado.

 

 

Seguindo normas internacionais de precaução e isolamento, ao ser admitido um novo paciente, e, estando positivo para alguma infeção hospitalar, este é mantido em isolamento em quartos que não são compartilhados com outros usuários.

 

“Uma vez que o resultado do exame identifica qual o microrganismo presente, fornece também os antibióticos resistente e sensíveis a aquele microrganismo, o resultado é o melhor tratamento possível ao paciente e reduzindo, inclusive, o tempo de internação”, observa.

 

Ainda segundo Diego, nos últimos dois meses foram realizadas 25 coletas e 18 delas apresentaram resultados positivos para a presença de microrganismo e duas delas classificadas como multirresistentes, ou seja, bactérias resistentes a diferentes classes de antimicrobianos, e consideradas como importante causador de infecção hospitalar pela fácil transmissibilidade de uma pessoa a outra.

 

“Além do isolamento, a educação permanente é uma grande aliada para garantir a segurança do paciente e manter em zero o número de infecção adquiridas dentro do ambiente hospitalar, a lavagem das mãos, o uso de álcool em gel e a paramentação (avental, touca, máscara e luvas) em atendimento com pacientes colonizados reduzem a possibilidade que haja a transmissibilidade do microrganismo para outra pessoa”, diz.