Médico alerta para prevenção de infecções sexualmente transmissíveis durante o Carnaval

Além da camisinha, a prevenção combinada é a estratégia mais eficaz para a prevenção de ISTs.

 

 

A prevenção contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) deve ser rotina durante todo o ano, mas nesta época de Carnaval os cuidados precisam ser redobrados.

 

Segundo o clínico geral João Marcos Cordeiro, os foliões devem aproveitar os dias de festa com responsabilidade e segurança, utilizando preservativos para prevenir e evitar a disseminação de doenças transmitidas por meio da relação sexual.

 

As infecções sexualmente transmissíveis são causadas predominantemente pelo contato sexual com uma pessoa infectada. As mais conhecidas são: HIV, sífilis, gonorreia, clamídia e HPV.

 

Além da camisinha, a prevenção combinada é a estratégia mais eficaz para a prevenção de ISTs.

 

Atualmente, existem dois métodos que auxiliam e ampliam o tratamento do HIV, a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP).

 

Segundo João Marcos, A PrEP é um método preventivo que consiste no uso diário de um comprimido antirretroviral por pessoas que não vivem com o HIV, mas que estão expostas à infecção.

 

Enquanto a PEP é uma medida preventiva de urgência que atende indivíduos já expostos ao vírus por diferentes motivos, por exemplo, relações sexuais desprotegidas, acidentes biológicos e violência sexual.

 

“Somente alguns grupos específicos, que têm mais risco de contrair o HIV, estão eletivos a receber a PrEP. Já a PEP é para todo mundo. Se neste período, você se expuser ou fizer algo que te coloque em risco, você pode procurar um médico e solicitar a PEP. Com este medicamento, o paciente tem uma janela de até 72 horas para impedir que o vírus se instale no organismo. A terapia diminui as chances de a pessoa contrair o HIV em até 95%”, explica.

 

O Ministério da Saúde inicia nesta sexta-feira (17) uma sobre a importância da prevenção da transmissão de ISTs durante a comemoração do Carnaval, alertando também para a grande quantidade de pessoas que ainda não tem o diagnóstico do HIV. Atualmente, segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 108 mil pessoas no Brasil têm HIV positivo e não sabe.

 

“O primeiro passo para a prevenção é ter o diagnóstico. As pessoas precisam se testar para que não coloquem em risco a si próprio e aos outros”, afirma João Marcos.