Serginho Severino fala da expectativa para 2023 como presidente da Câmara de Mafra

Em entrevista exclusiva ao Riomafra Mix, vereador avaliou sua trajetória na Câmara e falou sobre a relação com os demais colegas de Legislativo.

 

 

Eleito presidente da Câmara Municipal de Mafra na última semana, o vereador Serginho Severino (Patriota) concedeu entrevista exclusiva ao Riomafra Mix.

 

Serginho, que assume a partir de 1° de janeiro de 2023 o terceiro exercício da 19ª legislatura, avaliou sua trajetória na Câmara e falou sobre a relação com os demais colegas de Legislativo, sobre a falta de representatividade mafrense na Alesc e sobre o resultado das últimas eleições.

 

Confira a entrevista:

 

Qual sua avaliação de seu trabalho como vereador neste últimos dois anos?

Me sinto feliz e realizado enquanto vereador. Eu acredito que o Executivo e o Legislativo precisam trabalhar de forma cooperada e isso vem ocorrendo nestas últimas gestões. Cada vez mais, a gente tem visto a cidade crescer a passos largos. Isso me deixa muito feliz, pois contribuímos de certa forma para este desenvolvimento. Hoje, a cidade virou um enorme canteiro de obras, tanto no Centro como nos bairros. Nestes dois últimos anos, sinto que o município cresceu bastante e estamos passando por um momento de expansão.

 

Como você avalia os demais vereadores desta legislatura? Como tem sido esta relação?

Eu já estive na Câmara há 8 anos atrás como assessor jurídico e posso afirmar, sem demérito aos antigos vereadores, que nesta 19ª legislatura, temos vereadores muito empenhados com o trabalho. Sempre que ocorre uma divergência, o debate é benéfico, pois temos pessoas com um alto nível cultural lá dentro. Fico muito feliz e tenho aprendido muito com os demais vereadores. Sempre que chega um projeto novo, a gente dá sugestões e contribui para a melhoria das propostas. É um trabalho de equipe.

 

Você assume a presidência da Câmara a partir do ano que vem. Pretende realizar alguma mudança em sua gestão?

Eu gosto muito de conversar com as pessoas. Eu acho que as decisões devem ser sempre colegiadas e como eu disse, o nível cultural dos vereadores é muito alto. Logo, antes de tomar qualquer decisão, pretendo escutar os meus colegas e trabalhar em conjunto para buscar a melhor solução.

 

Depois desta eleição polarizada, como você vê a política a nível estadual e nacional e como isso pode impactar Mafra?

É uma situação delicada. Sabidamente, Mafra e Santa Catarina votaram em peso no atual presidente, Jair Bolsonaro. Ainda assim, Lula foi eleito a nível nacional e Jorginho Mello a nível estadual. O Jorginho é do PL, um partido muito forte em Mafra, e provavelmente não deixará nosso município desamparado. Confesso que vejo essa passagem de governo com uma certa preocupação e espero que tudo ocorra da melhor forma possível e que o novo presidente faça uma boa gestão, bem como o Jorginho Mello em Santa Catarina.

 

Após mais uma eleição sem candidatos da região eleitos, você acha que Mafra deveria pensar em uma candidatura única para concorrer a uma vaga na Alesc?

Há anos, se fala desta tentativa de candidatura única na Assembleia Legislativa. É um caminho que a gente tem que tomar, unindo forças com empresários e entidades como a CDL e a Associação Comercial. Chegar em um nome só não é algo fácil. Existe muita vaidade e muitos egos a serem combatidos, e além disso, é meio que uma determinação dos partidos colocar alguém para concorrer. Mas seria muito bom se conseguíssemos fazer isso, mas sei que não é algo fácil.

 

Qual sua relação com os deputados na Assembleia Legislativa?

Eu sou do partido Patriota que não teve nenhum candidato eleito à nível estadual. A dificuldade para buscar verbas é enorme para mim, pois tenho sempre que estar pedindo ajuda a candidatos de outras legendas. Apesar disso, consegui trazer uma considerável quantia em emendas, tanto em Santa Catarina, com os deputados estaduais, como em Brasília, com os federais. Tive recentemente o apoio do deputado federal Coronel Armando, que trouxe para Mafra mais de R$ 2 milhões em emendas. Além disso, os 13 vereadores de nossa legislatura trouxeram em 2021 mais de 8 milhões em recursos, um valor considerável que poucos conseguiram trazer. Fico feliz de termos nos empenhado pela busca de tantas emendas. E para o próximo ano, vamos continuar correndo atrás de recursos e visitando incansavelmente nossos deputados, seja em Florianópolis ou em Brasília. Onde tiver dinheiro, temos que ir atrás. Esse é nosso papel como vereador e por mais que a caminhada seja difícil, tudo a gente tem que conquistar na base do esforço e da dedicação.