Alunos podem usar notas dos dois últimos Enem para concorrer a bolsa no Prouni

Inscrições para concorrer a vagas em universidades privadas usando a nota do exame começam amanhã (22).

Foto: Divulgação

 

 

Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro prevê que a pré-seleção dos estudantes inscritos no Programa Universidade para Todos (Prouni) considere as duas últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingresso em cursos de graduação ou sequencial de formação específica.

 

Até então, a regra em vigor era de que apenas a nota da última edição do Enem, aquela imediatamente anterior ao processo seletivo do Prouni, poderia ser utilizada pelos candidatos para ingresso no programa que financia curso superior em faculdades privadas.

 

Primeiro semestre

O novo decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), na noite desta sexta-feira (18), e a mudança já valerá para o próximo seletivo do Prouni. As inscrições para o programa começam nesta terça-feira (22) e podem ser feitas pelo site do programa. As bolsas vão até 100% do valor das mensalidades em faculdades particulares.

 

Segundo o governo, a medida adequa a legislação do Prouni tendo em vista as consequências decorrentes da pandemia de covid-19, que acabaram por ocasionar atrasos nas últimas edições do Enem.

 

Além disso, de acordo com o Ministério da Educação, a mudança atende uma demanda potencial de alunos às bolsas do Prouni, reduzindo a atual ociosidade de bolsas existentes e ampliando acesso ao ensino superior.

 

Quem pode concorrer? 

Podem concorrer ao ProUni os estudantes com renda familiar per capita de até três salários mínimos e que cursaram os três anos do ensino médio em escolas da rede pública ou estudaram os três anos do ensino médio com bolsa integral em colégios privados.

Realizado em novembro, o Enem 2021 registrou forte redução de participantes. Foi a menor edição em 13 anos. Inscreveram-se para o exame 4 milhões de pessoas. O número representou recuo de 44% com relação ao volume de inscritos do ano anterior. No Enem 2020, realizado em meio à pandemia, houve abstenção recorde e mais da metade dos 5,8 milhões de inscritos faltou.