MP autoriza IBGE a contratar sem processo seletivo para o Censo 2022

Medida foi editada para acelerar o Censo e garantir que a coleta de dados seja concluída ainda neste ano.

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A partir de hoje (21), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pode contratar pessoal, por tempo determinado, para trabalhar no Censo 2022. Conforme a Medida Provisória (MP) 1.141, fica dispensada a realização de processo seletivo e estão incluídos aposentados pelos regimes próprios de previdência social da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios.

 

A MP, publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União, determina que os contratados vão desempenhar atividades ordinárias pertinentes ao recenseamento. De acordo com o IBGE, não haverá diferenças nas condições de trabalho entre os contratados e concorrentes.

 

“Haverá igualdade de condições na seleção, na contratação e na execução da contratação entre os aposentados e os demais concorrentes ou contratados”, informa o IBGE.

 

A Secretaria-Geral da Presidência informou, em nota, que a MP foi editada para acelerar o Censo de 2022 e garantir que a coleta de dados seja concluída ainda neste ano.

 

A nota diz ainda que “as medidas se fizeram necessárias porque, em alguns entes federados, as baixas taxas de desemprego estão dificultando o recrutamento de pessoal que aceite contratos temporários”.

 

Inicialmente, a aplicação dos questionários terminaria em 31 de outubro, mas o prazo foi adiado para 28 de dezembro.

 

Na região, Mafra concluiu somente 71,4% dos questionários, enquanto Rio Negro coletou 77,8% dos dados e Itaiópolis, 89,6%.

 

Durante a apresentação do terceiro balanço do Censo 2022, no dia 1º de novembro, o diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, reconheceu que a quantidade de recenseadores estava abaixo do estimado, e isso era uma das causas do atraso da coleta de dados. Naquele momento, o diretor identificou o valor da remuneração dos recenseadores, considerada baixa, como um dos motivos para a falta de procura por esse tipo de trabalho, acrescentando que a preferência das pessoas por trabalhar em campanhas eleitorais também influenciou o nível de procura.

 

“Fizemos esse Censo em plena eleição, da qual a gente perdeu grande público que poderia atuar como recenseador. A gente acredita que pessoas que estavam como cabos eleitorais possam estar agora conosco no Censo”, disse.