Conheça a história da Praça João Pessoa, em Rio Negro

Praça reflete a história de seu povo, que ao seu entorno se desenvolveu social e economicamente.

Foto: Robson Komochena

 

 

Todos que passam pela Praça João Pessoa, em Rio Negro, não param para pensar sobre a história e os segredos que o local esconde. A praça reflete a história de seu povo, que ao seu entorno se desenvolveu social e economicamente.

 

Com mais de 100 anos de história, todos em Riomafra já passaram por alguma situação ou experiência no local. Nesta reportagem especial, você vai entender um pouco sobre a história de um dos maiores marcos da infância da população rionegrense, a Praça João Pessoa. Confira:

 

Praça Conselheiro Barradas

Segundo registros de documentos, jornais e convites antigos, o primeiro nome da Praça João Pessoa era Largo Conselheiro Barradas. Não se sabe ao certo a partir de quando passou a ter este nome, ou a partir de que período passou a se preservar o local como público. Segundo um dos registros mais antigos sobre a praça, desde 1906, o local já era denominado desta forma.

 

A história relata o local em tempos remotos como um campo recoberto por grama, que servia de pasto para animais que se criavam soltos pelas adjacências. Era utilizado por circos mambembes, parques e mafuás que se instalavam temporariamente no local.

 

Foi a partir de 1920 que o local passou a ser redimensionado. De um campo com mato se tornou um lindo jardim que tomava formas geométricas, onde os caminhos de pedregulhos eram ladeados de cercas vivas e espadas de São Jorge. As flores da época também faziam parte da paisagem.

 

Foto: Maria da Glória Foohs/Acervo

 

Conselheiro Barradas

Inicialmente o nome da praça fazia menção a Joaquim de Costa Barradas, advogado que defendia a causa paranaense na Questão do Contestado, quando Paraná e Santa Catarina lutavam pela posse de terras.

 

Barradas defendia seu estado junto ao Supremo Tribunal Federal, sendo político opositor ao Conselheiro Mafra, que defendia Santa Catarina.

 

Mudança de nome

Foi somente na década de 30 que a praça passou a ser denominada Praça João Pessoa. Segundo relatos, a nomeação se deu devido a ligação política entre o prefeito da época, Joaquim Ferreira do Amaral e Silve e do presidente da República Getúlio Vargas.

 

O prefeito Joaquim considerava o político paraibano, João Pessoa, um símbolo para o povo, embora seja desconhecido qualquer envolvimento de João Pessoa no processo histórico de Rio Negro. Ele foi considerado uma das causas da Revolução de 1930, que depôs o presidente Washington Luís e levou ao poder Getúlio Vargas.

 

Monumentos

Nas imediações da praça há sete monumentos que homenageiam pessoas, causas ou entidades.

 

Busto de Manoel Ribas

O Busto de Manoel Ribas está localizado no Centro da Praça e foi colocado em 1943 em homenagem ao Interventor Federal do Paraná da época, nomeado por Getúlio Vargas. A homenagem foi prestada a ele pela Associação de Caridade e pela Maternidade de Rio Negro, pelos relevantes serviços prestados à idealização e concretização da entidade. Ele também colaborou muito para a implantação do Colégio Barão de Antonina de Rio Negro. O busto leva a assinatura do famoso artista João Turin.

 

Marco zero

Marco zero O Marco Zero serve como a base cartográfica para o desenho dos mapas do município. Através dele pode-se identificar os pontos cardeais, colaterias e subcolaterais, latiude e longitude. Na placa do monumento está escrito o número de registro da placa no IBGE: ‘nº 19J – 780.85’. Muitos acreditam, pela semelhança, que existem dois ‘marcos zeros’ em Rio Negro. O que ocorre é que o marco localizado no centro da Praça é o norte verdadeiro. Hoje com a tecnologia existente, o norte verdadeiro caiu em desuso, mas anos atrás a identificação era o ponto de partida para a elaboração dos mapas (tudo que fosse da cartografia). O marco é usado para posicionar o mapa nos pontos cardeais e colaterais.

 

Monumento Soroptimista

O Monumento Soroptimista foi construído para homenagear o Grupo Soroptimista Internacional de Rio Negro, que foi fundado em 1987. A homenagem deu-se em 31 de março de 2010, devido ao trabalho realizado pelo grupo desde sua fundação, há 22 anos, na assistência a meninas e mulheres em situação de risco.

 

Monumento à Bíblia

Este monumento simboliza a fé cristã, foi fixado na Praça João Pessoa em 1992, em comemoração ao Dia da Bíblia. Este espaço tem como objetivo resgatar a a simbologia da fé cristã dos rionegranses. É feito em mármore com letras em bronze, nele está escrito o versículo bíblico: “Seca-se a erva e as flores, mas a palavra de Deus permanece eternamente”. (Izaías 40:8)

 

Monumento à Amizade

O Monumento à Amizade representado pelas duas mãos entrelaçadas está na Praça João Pessoa desde 1970. Na ocasião, estava sendo comemorado o centenário da emancipação política de Rio Negro. Ela representa a união das cidades irmãs, Rio Negro e Mafra, simbolizando o povo acolhedor através das mãos entrelaçadas.

 

Monumento maçom

Este monumento confere homenagem a comunidade maçônica de Rio Negro. Foi implantado quando a sociedade completou 100 anos de serviços prestados à comunidade pela loja Fé e Trabalho, em 9 de agosto de 1998.

 

Máquina niveladora

A máquina niveladora foi fabricada na Alemanha, em 1928, totalmente construída em ferro e movida a vapor, foi importada com a função de compactar e nivelar as estradas do município. Esta foi a primeira máquina adquirida pela prefeitura de Rio Negro para esta função. Seu motorista, Henrique Lazarini, era a única pessoa que sabia operá-la. Quando o mesmo requereu sua aposentadoria, em 1979, a máquina aposentou-se junto.