Porque não somar forças?

Não podemos pensar que para uma cidade, uma empresa ou até mesmo uma pessoa estar bem, a outra precisa estar mal.

 

 

Em uma conversa recente com uma empresária riomafrense, seu relato me chocou. Disse ela: “Meu principal fornecedor me questionou se eu continuaria comprando dele. Sem pensar muito repliquei, porque não compraria? Você tem o melhor produto! Então tá, me disse ele: suas concorrentes me fizeram uma proposta, se eu parar de vender para você, elas comprariam de mim”.

 

O relato até pode parecer uma briguinha entre concorrentes, mas vai além disso. Mostra a cultura do “quanto pior para eles, melhor para mim” que está empregando em nossa sociedade, mesmo que essa cultura seja um desastre para todos.

 

Em uma cidade vizinha, por exemplo, descobri que simpatizantes do partido do prefeito não compram uma “Coca-Cola” sequer nos estabelecimentos dos membros da oposição. É assombroso como na política, inclusive a local, vemos exatamente o oposto. Se prefere demolir o que o opositor construiu, que em outras palavras significa jogar dinheiro no lixo, simplesmente pelo prazer de destruir o legado do outro. Ou apenas para não ter que reconhecer que aquela ação do passado era uma boa ação.

 

Na política ainda tem outro problema. Muitas obras e serviços que tem aparência de coletividade, tem na verdade um esforço para “selecionar” a “coletividade que me interessa”, ou seja, a “minha” base aliada. Aqui perto, tem histórias das antigas… de que o asfalto chegou até a esquina do vereador da oposição e recomeçou só na outra esquina. Que curioso, não é mesmo?

 

A sensação é que chegamos no século XXI, mas a idade média ainda não saiu de “algumas” cabeças. No mundo de hoje, não podemos ter espaço para bairrismos, individualismo ou qualquer pensamento isolado. A história recente mostra que precisamos somar forças, fortalecer marcas, ideais e propostas. É junto que crescemos, temos ideias novas e prosperamos.

 

Não podemos pensar que para uma cidade, uma empresa ou até mesmo uma pessoa estar bem, a outra precisa estar mal. Podemos aprender com quem está a nossa frente. Ao invés de desejar que ela diminua, podemos pensar em formas de melhorar. Se crescemos porque o outro diminuiu, sinceramente não tivemos crescimento algum, e logo logo, é a gente que vai diminuir.

 

Por fim, enquanto escrevia esse artigo me veio a pergunta: O que fazer para mudar essa realidade? Tenho ciência que não vamos revolucionar o mundo com um simples artigo, mas sei que posso mudar minha forma de pensar e incentivar outras pessoas também.

 

E para você, o que acha que precisa ser feito?

 

Uma boa semana a todos!