Quem ganha com a queda de Schelbauer do Governo do Estado?

A saída do secretário de Administração Prisional reposiciona as peças no tabuleiro eleitoral de Mafra para 2024.

Foto: SAP/Divulgação

 

 

A demissão de Edenilson Schelbauer da Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa, assinada na sexta-feira (18) pelo governador Jorginho Mello (PL), reposiciona as peças no tabuleiro eleitoral de Mafra.

 

Dado como um dos principais nomes da oposição local, Schelbauer foi um dos primeiros mafrenses a assumir um cargo de primeiro escalão em Santa Catarina.

 

Com trânsito livre, não apenas no gabinete de Jorginho, mas entre as demais pastas, tinha em uma espécie de green card para seu fortalecimento político, principalmente em Mafra, onde já foi vereador e nunca deixou de almejar a Prefeitura.

 

Em pouco mais de seis meses, entrou de cabeça na secretaria. Ganhou a confiança da classe, que exigia um policial penal para o cargo, montou sua equipe com outros nomes mafrenses e anunciou projetos, entre eles, o de transformar o presídio de Mafra em penitenciária industrial.

 

Mas do outro lado da mesa, a Administração Prisional e Socioeducativa viveu dias turbulentos em seus primeiros meses. A polêmica investigação de suspeita de superfaturamento na compra de uniformes para detentos, deixou a gestão, de certa forma, exposta e desagradou Jorginho, que não teve outra saída.

 

Junto com Schelbauer, também caiu Neuri Mantelli, adjunto da secretaria. “A necessidade de uma mudança na pasta ocorre após problemas na gestão dos então secretários”, justificou, em nota, o Governo do Estado.

 

Com a queda de Schelbauer, quem fica em posição estratégica e privilegiada no tabuleiro, é o prefeito Emerson Maas. Tendo grande aprovação em dois anos e meio de gestão, é um dos nomes que brilham aos olhos do PL para a corrida eleitoral de 2024.

 

Maas já recebeu convite do Partido Liberal e, daqui um ano, pode concorrer à reeleição pela sigla. Com apoio do governador e toda a força do PL, que ainda colhe frutos da “onda Bolsonaro”.

 

E detalhe: sem um nome à altura para o embate na cidade.