Senado aprova projeto que obriga planos de saúde a cobrirem tratamentos fora do rol da ANS

Projeto segue agora para sanção presidencial. Em junho, STJ decidiu que lista da ANS representava a cobertura obrigatória total.

Fotos: Divulgação

 

 

O Senado aprovou nesta segunda-feira (29) projeto de lei que derruba o chamado rol taxativo para a cobertura de planos de saúde. Pelo texto, os planos de saúde poderão ser obrigados a financiar tratamentos de saúde que não estiverem na lista mantida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

 

O projeto proveniente da Câmara dos Deputados foi aprovado sem mudanças, com apoio unânime do Senado. O texto segue agora para a sanção presidencial.

 

A nova lei derruba o entendimento do pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu, em junho, que a lista de procedimentos da ANS é “taxativa” — ou seja, que os planos só precisam cobrir o que está na lista, que atualmente é composta por 3.368 itens.

 

A decisão provocou a mobilização de associações de pacientes usuários de planos de saúde, cujos tratamentos seriam interrompidos em razão da adoção do rol taxativo.

 

O projeto de lei, apresentado em reação à decisão do STJ, determina que a lista da ANS será apenas a referência básica para a cobertura dos planos de saúde. Um tratamento fora da lista deverá ser aceito desde que cumpra uma das seguintes condições:

 

– Tenha eficácia comprovada cientificamente;

– Seja recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec);

– Seja recomendado por pelo menos um órgão de avaliação de tecnologias em saúde com renome internacional.

 

O que está no rol da ANS?

A lista de cobertura pode ser consultada aqui. Ela depende, no entanto, do tipo de cobertura contratada: ambulatorial, internação, parto e odontológico, além das combinações entre esses tipos.

 

Com informações da Agência Senado.